Toques Astrais, Editora Guanabara.
Escrito com o incentivo da astróloga e amiga Claudia Lisboa, o livro foi lançado na Casa de Cultura Laura Alvim, onde coincidências à parte, a única data disponível para o lançamento era esta, exatamente dez anos depois de sua estreia com Frenéticas. O livro, tal como a noite de autógrafos superou as expectativas.
O fim de século tá pertinho, mas a maioria parece não se importar muito com assuntos deste gênero, número e grau: a preocupação maior é com a sobrevivência de hoje, mal há tempo de pensar no futuro. E, à guisa de lazer, o flashback está em todas – de regravação de sucesso à episódios de época -, agora “em stereo” no rádio, cinema, TV, música, teatro, etc. Parece que o ar traz uma retrospectiva cósmica, querendo nos avisar de alguma coisa.
Mas o tempo voa, não dá para frear, mesmo que a intuição geral diga que é a maior cilada vislumbrar a próxima curva, no pé que estamos. Mesmo dando uma ré na máquina, um rewind no gravador ou meia pirueta, tanto faz, pois nem assim o relógio para – sempre que o piano de Mary Lou Williams toca na vitrola “Over the Rainbow" aparece um beija-flor verde-espelhado para beber água doce. Será a nova encarnação de Harold Arlen?!
Parece que lá de cima já desistiram de tentar algum contato, a gente mal permite esta abertura telepática, a não ser para descobrir o segredo da bomba do adversário, claro. Não há mais tempo para lástimas, do caso Challenger à Chernobyl, do bromato safado à dupla “invencível” Tom - Jerry, mais conhecidas como as bestas (do apocalipse) Reagan e Kadafi: a gente merece esta palhaçada, o ser humano apenas está colhendo o que plantou, deve fazer parte da História, quem sabe.
E agora, José? Haja passeata! Quando rolaram aquelas contra a usina nuclear de Angra, a 190 km do Rio, neguinho não deu a menor bola. Agora, “ajoelhou tem que rezar” perde!
E se o governo mandar desativar tudo que for atômico? Depois disso vai ser mole, a gente “só” vai correr os riscos de sempre, assalto, seca, enchente, bomba daqui, radioatividade dali (ah, Salvador...). Vai ser moleza, a gente tira de letra. Afinal, não somos os mais espertos do planeta?!
Certa vez, num show beneficente que a gente fez no Aterro - leia-se Frenéticas - contra a usina de Angra, o então ministro Abi Ackel proibiu Joan Baez de cantar. Para piorar, disse ignorá-la, numa declaração na TV - mesmo politicamente.
Mas tudo passa a ser menor que a inflação atual, perto do que está depois da curva. Plutão entrou em Scorpio em 83 e por lá ficará até 95. O planeta da Grande Virada não perdoa, muito menos esquece o que o ser humano aprontou. O tal “devo-não-nego-pagarei-quando-puder” pode chegar para a humanidade com correção monetária cósmica o que, convenhamos, não vai ficar nem bem pra gente, já pensou?
A transformação já começou, só não contaram para os terráqueos. O resto do universo anda bem mais informado que nós mesmos, não é bárbaro?!...
E se os soldados fizerem greve? Será que assim teremos chance de mudar as profecias de Nostradamus, a Bíblia, as previsões astrológicas, o segredo de Fátima que o Papa faz questão de não divulgar, etc e tal ? Tá tudo literalmente na nossa cara, mas a gente não quer ver. Com tanta puxada de tapete, armação e arsenal atômico, você acha que ainda tem alguém sorrindo para a gente lá em cima? “Nêgo” tá é possesso com a gente, isso sim.
Não foi à toa que o cacique Seattle – numa carta ao então presidente dos EUA, em 1855 (!!!) profetizou: “Como podes querer comprar ou vender o céu, o calor da terra, se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água? Esta terra é para nós sagrada. A terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que acontece aos animais, logo acontece ao homem, tudo está relacionado entre si” – corta, em slow, para a cena do banquete do último filme do Pasolini, que lhe valeu a vida, Salò ...pode ser mais apocalíptica?!...
Portanto, nada nos impede de mentalizar pela transmutação da guerra-do-poder em Paz Mundial, ou sintonizar um monte de nave no céu nos levando para bem longe da radioatividade, até porque, para Deus nada é impossível. O jeito é gargalhar enquanto dá.
Rá.
Ao sair do Jornal O Globo me banho com a vista do crepúsculo. Novamente não sei que rua entrar pra pegar o Rebouças, hugh ! Um guarda de trânsito me livra de ir parar em Niterói. Já em pleno viaduto, me lembro dos assaltos. E agora? Vou para o Alto da Boa Vista para chegar a Ipanema? Imagina! Meu mapa está ótimo hoje, tudo certo, vou pelo Rebouças e pronto.
Chego em casa e, no exato momento em que vou tirar o volume da secretária para me concentrar no texto, surge a voz de minha queria amiga Denise Dummont, recém-chegada de Los Angeles, onde mora. Impossível não atender. Veio torcer pelo Brasil in loco. Pode? Isso é que é patriotismo, o resto é bullshit.
E o jogo contra a Suécia, hein? Que sufoco! Vocês viram quantas vezes Romário e Bebeto chutaram e a bola não entrou? Quando se está passando por um período difícil, pode-se até atingir o objetivo, mas com um suor muito, muito considerável. Depois de muitas tentativas, o nosso gênio – com passe de Jorginho – fez aquele gol em bola alta.
Agora, na minha visão, o Romário deu um pulo de um metro pelo menos. Haja visto o replay e os jornais. Cá pra nós, acho que ele contratou uma galera do astral para levitá-lo. Foi um assombro. Spielberg perdia para os efeitos especiais daquele salto. Imaginem se seu mapa estivesse totalmente favorável nesta Copa. Não ia ter pra ninguém.
Para o jogo de hoje, não sei como andam os mapas dos italianos, mas nós estamos bem, o que já é meio caminho andado. Em posições ambíguas se encontram Branco, Aldair e Jorginho, enquanto Mauro Silva, Mazinho e Marcio Santos estão mais privilegiados. Dunga continua ofensivo, ao passo que Zinho precisa aproveitar (sem pensar muito) os eventuais insights, se quiser fazer boas jogadas.
Taffarel se encontra mais ou menos. Dos goleiros, o melhor hoje é Zetti. Na reserva, Cafú está bem interessante. Em seguida vem o atacante Ronaldo, Ronaldão e Ricardo Rocha. E, por fim, Muller e Paulo Sergio. Se Raí jogar, poderá melhorar um pouco em relação aos outros jogos.
Bebeto, mesmo em fase nublada, tem hoje o melhor dia desde o início da Copa. Aguardemos ansiosos que ele faça outro gol para o Mattheus. Novamente, os mapas de Parreira e Zagalo não estão apoteóticos. Talvez, perhaps, quiçá, peut être, maybe... os dados obtidos estejam incorretos, sei lá.
Se os italianos responsáveis pela marcação de Romário estiverem em condição astrológica inferior, não conseguirão fazer nada e ele vai se consagrar ainda mais, já que tem oito aspectos favoráveis contra dois reticentes. Será que ele profetizou quando disse “essa Copa é do Romário”? Tomara ! Parodiando o “numerólogo” Zagalo, a soma dos algarismos de 17/7/1994 dá 38, ou seja – 11 - que é camisa de quem?
“Pela primeira vez os cientistas vão poder estudar uma explosão no sistema solar”, deu na TV sobre o cometa Shoemaker-Levy que, nesta altura, já deve ter colidido com Júpiter. Há 24 anos fomos tricampeões e, agora, como a Itália, disputamos o tetra.
Otimista que sou, acho que venceremos, até porque também temos condições técnicas e astrológicas para tal. E, se isso acontecer, que seja o prenúncio de uma gama de conquistas para todos nós. Que o tetra esparrame alegria, trazendo o sucesso do Plano Real, o fim da miséria, da corrupção, da violência ...o amor nos corações enclausurados, a vitória na alma, o sorriso na aura. E viva o Brasil!!!!
Que luxo chegar às semifinais com futebol de qualidade! Que delícia ler os jornais no dia seguinte! O Caderno de Esportes (que antes eu nem ligava, agora disputado por mim e pelo namorado) é puro deleite, dá gosto de ler.
Na minha humilde ótica feminina, futebol é como sexo, impossível evitar o envolvimento emocional. Será que depois da Copa voltarei a freqüentar o Maracanã? Me poupe, sentimento patriótico.
Quando uma situação alude aspectos simultaneamente promissores e delicados, supõe-se que a pessoa em questão terá uma performance linear (a média entre os extremos) ou alternada (de bons e maus momentos). Além da “cor” que a Astrologia dá, corre à sua revelia a reação de cada indivíduo.
Ainda que uma amiga vidente tenha me dito há meses que o tetra é nosso e não obstante a nossa vontade colabore, procuro ser previdente e fiel aos aspectos planetários por que passam os nossos craques.
E é exatamente isso que quero ressaltar, a maneira que atuaram Branco, Bebeto e Romário, os mais vulneráveis à luz da Astrologia. Eles tanto tentaram, que conseguiram transcender os eventuais impasses astrais e jogaram futebol de Terceiro Mundo, que é o melhor do mundo.
Branco já entrou em campo psicologicamente cobrado por seu orgulho ariano e mordido pela opinião pública. Esta foi a mola que o impulsionou a ser mais forte que os obstáculos (fazendo calar todas todas as nossas interrogações), talvez inspirado por Clarice Lispector, “eu sou mais forte do que eu”. Cá pra nós, eu tinha receio de que ele se machucasse. Pois ele caiu, se recompôs e ainda fez o gol decisivo! Parabéns, Branco! Parabéns ao Bebeto, ao Romário (pelo visto o universo recebeu o fax) e à seleção au grand complet, foi um escândalo.
Mas vamos ao que interessa. De uma forma geral, os meninos estão bem. Apesar de intimamente inseguros, tentarão transmitir o contrário.
O titular Taffarel não está nenhuma Brastemp; mesmo mais bem posicionado que Gilmar e Zetti, inspira cuidados.
Jorginho oscila entre êxitos e desafios, o mesmo que acontece com Zinho e Raí.
Aldair e Mauro Silva estão mais intuitivos, mas com tendências a algum tipo de impedimento (que não seja cartão, pelo amor de Deus).
Dunga também tem que cuidar para não extrapolar de alguma maneira, como Mauro e Aldair. Continua em posição ostensiva, que já é meio gol.
Mazinho pode salvar a lavoura de eventuais embaraços com arte e diplomacia, caso sintonize a tenacidade e a rapidez.
Se Marcio Santos fizer jus a seu mapa, estará muito bem, dinâmico e criativo.
O planeta Marte não está privilegiando Branco como no jogo anterior. Mas esperamos que ele faça um esforço hercúleo para render bastante.
Continuo insistindo esperançosamente na entrada de Cafú, que pode barbarizar.
Pelo menos há condição planetária para tal. Vamos mentalizar pra isso acontecer, que o universo conspira a nosso favor.
Bebeto precisa ficar muito atento a qualquer tipo de cilada. Em contrapartida, pode trazer muita emoção pra galera. Que seja gol.
Romário tem momentos difíceis e brilhantes. Se a fase por que passa lhe fosse totalmente positiva, todos aqueles chutes teriam sido gols. Mesmo assim, há resquícios de iluminação, não fosse ele um Aladim.
Quanto aos reservas, os melhores são Ricardo Rocha, Ronaldo e Viola.
Parreira e Zagalo têm algumas chateações pela frente que, espero, sejam tênues, quiçá pessoais, por favor.
Mesmo sem os mapas dos suecos, dá pra vislumbrar que a situação do Brasil é boa, temos chance de vencer. Pode até rolar uma certa marola, uma balançada e depois tudo se acalmar. Falta pouco, pessoal. Pensamento positivo e, literalmente, bola pra frente.
À vitória! Ao tetra!
Diante do convite do JT para escrever sobre os anos 70 - e mandar o texto “anteontem” – escolho a manhã ensolarada para fazê-lo, cancelo dois mapas astrais e sento – em sentido figurado – no computador, ao som de Blood Sweat & Tears, à guisa de entrar no mood - ou no clima.
Foi a década mais autêntica e criativa, onde nos sentíamos jovens e sábios ao mesmo tempo. Crente que estávamos abafando, com nossa ideologia peace-and-love tentamos lavar o mundo. Hoje, “ideologia , eu quero uma pra viver”, o que mais se lava - e enxágua - é dinheiro. O LSD, com Timothy Leary à frente, quebrou as grades que nos separavam do extra-sensorial. Atualmente, atrás delas, estão enésimos falsificadores de remédios.
A noite era coberta de glamour enquanto hoje só se conhecem os garçons. Área de lazer gramada lembrava, pavlovianamente, o Festival de Woodstock e não o maníaco do parque. No lugar de achar fumar, há várias vitórias de fumantes na justiça. Madrugada em Ipanema, tocávamos violão na Praça Nossa Senhora da Paz. Depois, caminhávamos para a praia em, certos de que a aurora nos esperaria. Corta pra hoje: todos engaiolados em condomínios ou carros blindados, acompanhados de um inimigo ainda pior, o medo.
Enquanto o mundo respirava liberdade sexual, no Brasil eram torturados os que defendiam a liberdade de expressão. Agora a humanidade se protege – ou se esconde? – atrás do preservativo. Jurando que esta encarnação será eterna.
O prazo de validade dos alimentos agora é mais assíduo mas, se comíamos bactérias naquela época, em contrapartida o inconsciente coletivo era muito mais saudável do que o atual.
A aura do planeta era mais leve e a das pessoas, mais transparente. Amizade era pra valer; havia mais emprego, menos violência e, quem sabe, políticos e juízes menos desonestos que hoje.
Em Sampa, dançava-se na boate Cave, ao lado de Denner, Dzi Croquettes e The Temptatios. No Rio, a boate Sótão era o point – onde dancei uma vez, sem saber, com Mick Jagger. E, no mundo inteiro, a safra musical nunca mais repetiu a fertilidade dos 70.
Em 76, surgimos Frenéticas, escancarando suas asas e soltando suas feras – nosso espaço até hoje continua invicto, até hoje nos perguntam por que paramos e quando voltaremos. Será karma , será dharma?
O fato é que nos 70 vivenciamos o chakra da sexualidade, e nos 90 temos que expandir o da terceira visão, à título de intuir, rapidinho, em que partes do planeta estaremos livres dos tornados, slobodans, saddams e quetais.
Quanto mais o cotidiano nos aproxima da sobrevivência, mais nos afasta do essencial. O jeito é ligar o automático e cumprir, na medida do possível, as hercúleas e imprevisíveis tarefas diárias. É aí que mora o perigo: advinhe quem vem pra atrapalhar, quem? O trânsito, meu amor. Este, definitivamente, é o maior karma do carioca - eu sei que karma já foi aportuguesado, mas com k é mais expressivo.
Sem loja de cachorro no Jardim Botânico, vai-se até o Humaitá comprar ração. De cara, meia hora na Von Martius, por causa de não sei o quê na Pacheco Leão, parece uma bad trip de Artani dos anos 70. Mas você não vai se estressar - afinal, mora perto do mato para suportar o lado urbanóide. Portanto, entre um ponto morto e uma primeira, quiçá antes de usar o freio, já está lido o Segundo Caderno do jornal in-tei-ro.
Uma hora depois chega-se, com perdão da palavra, ao Humaitá que, pior que ele, só Botafogo e obra. Falabella pega muito leve quando execra este bairro em sua peça. Pergunta-se à guarda se pode “pegar uma ração rápida”, ela diz que não. O sinal fecha, você pára o carro imediatamente - se avançar, periga ela ter um orgasmo múltiplo antes de lhe multar. Tem gente que só sente prazer assim. Deve ser defeito de fabricação, resquício de vida passada ou trauma de infância mesmo. Não é à tôa que no trânsito, desta vez astrológico, tinha uma quadratura desafiadora de Marte e Urano, quem mandou subestimar? A velha história, “casa de ferreiro, espeto de pau”.
Pensando bem, nem devia ter saído. Volta pra casa, toma uma chuveirada. Não satisfeita, desmarca o trabalho, pega o cachorro, sobe um morro, desce outro e cai de boca na cachoeira, que te recebe em grande estilo de eterna anfitriã.
Exorcizadas as mazelas do cotidiano e, se bobear, até os karmas de vida passada, deita numa pedra e faz uma viagem astral.
De volta à realidade, foca a lente e avista n macacos brincando nas árvores e imensas borboletas azuis em volta do seu corpo estirado, como se lhe dessem um beijo etéreo, um passe cósmico.
Você olha a cena, posiciona a luz e a câmera, dirige, edita, sonoriza e contempla, em slow motion, a alegria que respira aquele paraíso. Quando se dá conta, está comungando com ele e agradecendo ao universo por morar numa cidade, que além de trânsito, ainda tem lugares de paz como este, onde se pode viver o essencial .
Você me banhou de amor
Não me enxugou
E se mudou pra dentro de mim
Me embalanço na tua rede
Vôo como o mais ousado pássaro
Mesmo sabendo que o castelo de areia
Pode ser visitado pelo mar e , de repente , ser areia plana
sereia plena
serei amena ?!
Seu beijo ainda mora no céu da minha boca
Seu olhar no meu pulmão
Seu abraço no meu útero
Sua ausência na minha alma.
E, como a saudade também é sua,
O telefone tocou,
A gente não se aguentou dentro dele,
Se encontrou e recomeçou tudo,
Ainda mais gostoso do que antes.
... Meu velcro.
Em que veia do teu corpo corre minha criança
Em que batida do teu coração está o meu
Em que gota do teu suor passeia minha libido
Em que saliva da tua alma nada meu sorriso
Em que defesa tua guardas minha emoção
Em que chakra da tua kundalini escondes minha saliência
Em que Netuno camuflas minha Vênus
Em que célula do teu cérebro sequestras minha pomba gira
Em que gemido teu está o meu orgasmo.
És tão tonto
Que desfaleço
Enquanto apaixonada.
Sou tão tanto
Que esqueço
O coração na mesma morada.
O mood do amor me ascende o quarto chakra
Me faz contemplar o cotidiano com mais saliva,
Dócil feito pena no tinteiro.
Me faz sonhar mel
Cheiro de vento de maio no rosto
Me traz um gosto de mangaba, de pele bronzeada.
Quando te penso vem junto um cheiro de sol
De Djavan a Aldebaran
O mar passeando nas ruas
O odor nas gruas
O mel nas grutas
O fel nos gritos
O sal nas garras
A maçã no vinagre.
A saudade de seus olhos
À espera de mim mesma
O insistente mood do amor me descansa,
Me faz ignorar os que minha alegria ameaça;
Me alimenta e a gula muda de janela, de artéria, de alma
Se esvaindo feito nuvem
Sinto cheiro de puberdade , de caldo de cana
Tipo valsa de criança , xote de gente mansa
No meu tempo, a natureza respirava
Os jardins eram contentes de graça
As janelas dormiam arregaçadas
Os olhos diziam o que as bocas falavam
A verdade e o humor reinavam absolutos
A música era rica em letras , melodias e arranjos
Medo de amar é pior que ficar gripado , que ter preguiça
É a flor que lhe caíram as pétalas antes dela ser botão
É o caminhão cinza exalando inseticida
É a criança nadando na vala de dengue
É a briga no vale de sangue
Às vezes fica difícil parir palavras com a realidade cada vez mais estéril
Mas não esmorecemos , somos ousados, otimistas , gargalhantes e apaixonados.
Jesus
Que consigamos entender
Tua mensagem tão especial
Quando a nós vieste.
Que perdoemos o próximo,
Para termos saúde.
Que pensemos bonito e forte,
Para desmaterializarmos o ozônio.
Que tenhamos grandeza
Quando virmos mesquinharia.
Que tenhamos sempre
O sorriso na alma,
Emoldurado pelo Amor Maior
Que nos deste de herança.
Misericórdia, Senhor
Para quem enxerga tão curto
E prefere empatar os outros
Do que melhorar a própria vida.
Que nossos amigos e parentes
que "mudaram de casa"
Estejam cheios de Luz e Paz.
Nós te agradecemos por tudo,
Pelo Perdão,
Pelo Aprendizado,
Pela Fé e, sobretudo,
Jesus-divino-maravilhoso,
Pelo Bom Humor!!!!!!
Que conscientizemos os Verdadeiros Valores da Vida para , com isso , termos um novo milênio de Paz ,Amizade, Transparência , Sucesso , Evolução e Amor , mas muuuuuuittto Amor!!!!!